quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A descoberta

Quando você descobre no meio do mundo que existe alguém diferente? O que você faz? Simplesmente percebe que essa descoberta vive um dualismo. Uma parte dela é diferente, criativa e livre não quer ficar dentro da casca do ovo e a outra parte é pronviciana, metódica e ideologicamente conservadora.

Um lado dessa descoberta é fascinante vive o momento na sua intensidade, aceita os riscos naturais da vida e não se aprisiona no mundo estigmatizado pelas neursoses e aflições dos provincianos.

A outra parte é provinciana, se limita ao superficial e não consegue olhar depois dos olhos. Só olha o que vê, só enxerga o palpável. Não avança no limite infinito. Não rompe as barreiras inexoráveis e não descobre o "preço do ser humano". Essa parte não se abre ao novo. Prefere pagar o preço do estigma social, familiar e religioso do que se abrir para o real do mundo.

Em um mesmo corpo duas histórias. Em uma mesma alma dois projetos. O projeto da liberdade é o que me fascina. A mulher ousada que ama sem limites, que sorri sem pudor e que ao som dos bandolins é capaz de dançar na lua cheia, na chuva e na imensidão da vida.

Eis tudo!

(Rodrigo Araújo)

Um comentário:

Anônimo disse...

as suas descobertas são sempre lindas. Afinal uma alma linda so descobre o que é lindo
beijos