sábado, 5 de julho de 2008
Dias lúdicos
Minha Mania
Corpo nu sobre uma cama fria,
Janela aberta o sol entrando...
Um novo dia em luz se anuncia...
Outra manhã longe de você minha mania...
Anseio agora com toda a minha força,
Que em rompante o meu quarto invadas
E, sucumbindo a um desejo urgente,
Teu cheiro espalhes em minha cama.
Quero teu cheiro em minha pele.
Teu gozo em meus pêlos e boca.
Quero te ver e te fazer louca.
Fazer-te minha mais uma vez.
Beijar-te por fora, sentir-te por dentro,
Deleitar-me com tuas quentes entranhas.
Possuir-te de formas estranhas.
Envolver-te como faria o vento.
Lamber-te nos mais doces recantos,
Sorver tua saliva ardente.
Banquetear-me de teu corpo quente,
Arrancar-te os suspiros do teu canto.
Deslizar minhas mãos por teu corpo,
Coxas, ancas, seios, cabelos.
Possuir a ti com todo o meu zelo.
Enlouquecer-te pouco a pouco.
Dançaríamos dança pregada por Baco
Dois corpos ardendo no calor mais intenso.
Paixão sem travas, paixão sem bom-senso.
Não sei onde estou, mas estou onde quero.
Tu postas de quatro qual fêmea no cio. Te cubro! Teu corpo me faz macho, dá-me nó...
Seja o mundo eterno ou que se transforme em pó...
De fato só sei que te quero. Em verdade, preciso.
De repente se cria um desejo insano
De beber do cálice entre tuas pernas.
Tua flor desabrocha em belezas internas.
Te farei levitar.... Espera, meu Anjo!
A língua passeia por pele e dobras.
Tão perto o perfume que tua flor exala.
Teu cheiro embriaga, minha razão se abala.
És a fêmea das fêmeas. És mulher de sobra.
Te viras e deitas teu corpo no meu
Acaricias e sugas meu membro em riste.
Tão bom quanto tua boca, só uma coisa existe:
Tua flor gulosa do orgasmo no apogeu.
Por fim te acomodas sobre meu púbis faminto.
Aponto o instrumento que desliza suave.
Já não mais consigo ouvir o canto da ave.
Só me sinto invadindo delicioso labirinto.
Púbis com púbis, os pêlos se cruzam
Teu rosto está lindo, os olhos cerrados.
Meu corpo clama por ser devorado.
E morde meu peito de forma animal
Eu quero gritar, e só faço gemer.
Teus quadris sinuosos hão de me enlouquecer.
Meu gozo está próximo, diria: fatal!
Te beijo profundo e tu tentas fugir.
Prendo teus lábios entre meus dentes.
"Não te afastes, anjo, pois tenho em mente..."
"grudado à tua boca aos céus subir!"
Tu me beijas de forma que nunca experimentei
Passagem comprada pro reino das nuvens
Provei de teu corpo do cheiro às penugens.
Te tenho, me tens. És rainha, sou rei!
No meio do encontro das bocas ensandecidas,
Um espasmo em teu sexo gatilho do prazer...
Grito abafado anuncia: Não há mais que fazer.
Teu gozo, meu gozo, nosso gozo. Vida!
Tu gemes baixinho bem perto do ouvido.
Teu cabelo cobre meu rosto, um véu sagrado
Teu suor é o banho de um novo batizado.
Ergues-te calma, a mais bela entre os humanos.
Teu rosto espelha meu olhar apaixonado.
Um último beijo e dormiremos, grudados.
Dormirei protegido... por meu anjo insano.
(Hamilton Andrade)
Justificativa: O poeta revolucionário também vive dias lúdicos. Pois em mim a carne dói e goza! .
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário